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Trajetória de
Administrador Vitorioso e Político Honesto
O engenheiro Emílio Ibrahim,
81 anos, casado, dois filhos, lançou há pouco sua
biografia, reunindo os principais acontecimentos que marcaram sua
trajetória. Invejável sob qualquer aspecto, como
estudante em Ouro Preto, jogador profissional do Fluminense, na época
de ouro do futebol carioca; como engenheiro, trabalhando ao lado
do prefeito João Carlos Vital: na administração
pública, na Prefeitura do Distrito Federal; no serviço
de engenharia do DER, implantando a atual Avenida Brasil. no
Montepio dos Empregados Municipais, atual IPERJ; presidente da
administração dos Estádios da Guanabara, no
Governo Carlos Lacerda, quando reconstruiu o Estádio do
Maracanã (naquela época chamada "a maior lata
de lixo do Mundo"), finalmente entregue ao público e
ao esporte, como o maior e mais belo estádio de futebol,
ajudando a administrar, em várias fases, órgãos
públicos, como Comlurb, Cedae, CEG, Metrô, Cerj,
Emop, Feema, Cehab, Furnas, CBTU e IAPC.
Fez a recuperação do
Teatro Municipal do RJ; introduziu as chamadas "ruas de
pedestres", no calçamento carioca; demoliu centenas de
casas junto aos Arcos, surgindo o Largo da Lapa; iniciou a construção
das vias elevadas, Avenida Perimetral; a conclusão do
Elevado Paulo de Frontin, Viaduto da Mangueira, Avenida Paraguai,
Túnel Dois Irmãos, deixando quase concluídos
os túneis Frei Caneca e Noel Rosa; duplicou, como Secretário
de Obras do Governo Chagas Freitas, o Sistema Guandu, dirigiu a
construção da Adutora da Baixada Fluminense;
implantou sistema de energia elétrica na Zona Rural;
implantou o sistema de gás natural de Campos, estendendo
rede de suprimento até a Barra da Tijuca.
Concluiu o Interceptor Oceânico,
dando solução definitiva ao esgotamento sanitário
da Zona Sul, no Rio de Janeiro, com o Emissário Oceânico
de Ipanema; sistema viário, implantou, equacionou e deixou
em construção as Vias Expressas, denominadas Linha
Vermelha, Linha Lilás, Linha Verde e Avenida Perimetral,
ligando a Av. Brasil à Ponte Rio-Niterói; fez a ligação
Recreio dos Bandeirantes à Prainha e Grumari e importantes
serviços de urbanização em todo o Rio de
Janeiro, em mais de quinhentas ruas da Zona Norte. E implantou o
parque da Barra da Tijuca, imensa área de 600 mil m2; além
de construir 40 passarelas em diversos pontos da cidade. E
centenas de outras obras de menor porte, sempre visando a melhoria
de vida e o conforto do morador da metrópole carioca.
A VIDA TEM SUAS IRONIAS(...) "Por
último, ouviu-se a palavra do governador (Carlos Lacerda):
- A vida tem realmente suas ironias. Como é boa mestra, com
ela sempre se aprendem muitas lições. Sou forçado
a reconhecer que fui um dos maiores adversários da construção
do Maracanã, neste local. Naquela ocasião,
empenhados como estavam a promover a Copa do Mundo no Brasil, o
prefeito Angelo Mendes de Morais, a imprensa, de um modo geral e
alguns jornalistas dos mais importantes em particular, fizeram um
fogo de barragem tremendo contra mim, que na Câmara, tentava
defender a obra, mas na restinga de Jacarepaguá. Até
o meu amigo Mario Filho, chegou a me chamar de "inimigo do
povo", por causa da minha posição na Câmara,
inteiramente contrária ao aproveitamento da área do
Maracanã, para este estádio. E aqui está a
grande ironia: hoje o meu amigo Emílio Ibrahim - porque lhe
sou grato por tudo que tem feito em benefício da administração
do Estado - ligado às forças do destino incumbem-me
de salvar o Maracanã do caos em que se encontrava, de
completar uma obra alheia que merecia ser reparada e afinal nós
a contemplamos. São lições de vida que a
gente aproveita. Não consegui fazer uma Secretaria de
Esportes, como desejava, assim como pude fazer com o turismo. De
qualquer sorte, mesmo não tendo podido alcançar essa
transformação tão necessária, continuo
entendendo que o esporte deve integrar um sistema de Governo,
nunca um monopólio do Estado, porque o esporte, antes de
mais nada, é uma forma de cultura. (Jornal dos Sports,
13 de março de 1964)
Informativo do Centro Cultural
Carlos Lacerda, 20/07/2000
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