Emílio Ibrahim - memórias
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Governador Carlos Lacerda

27/04/2012 Eng. Emílio Ibrahim(*)

"Eu por mim não gostaria que o período brasileiro em que me coube viver houvesse transcorrido sem a presença de Carlos Lacerda no quadro político nacional a que ele trouxe uma vibração inesquecível como agente vigoroso de grandes transformações".

Carlos Drummond de Andrade


O próximo dia 30 de abril marcaria o aniversário de 98 anos do saudoso homem público e estadista Carlos Lacerda, se, prematuramente, falecido aos 63 anos, não se houvesse produzido com esse inopinado desenlace um enorme vácuo que privou o nosso país de uma das mais fulgurantes figuras de político, jornalista, escritor, tribuno, e, surpreendentemente para muitos, o maior administrador do Rio de Janeiro. Na verdade, a sua extraordinária capacidade dialética, que o tornou inexcedível na arte de contestação e do exercício patriótico de profligar as mazelas nacionais, não permitia lhe antever o grande talento construtivo que acabou por revelar ser um exímio governante, de que nos deu sobejas mostras ao dirigir o então Estado da Guanabara. A maioria custou a acreditar que a figura ímpar desse polemista e controvertido político viesse a deslumbrar os seus contemporâneos e deles obter inegável e merecido reconhecimento, mercê da eficiência, operosidade e decência no trato da coisa pública.

Carlos Lacerda foi, indubitavelmente, uma personalidade multifacetária, que, notadamente nas quadras de suas adversidades políticas, transitou pelas atividades literárias ficcionais, seja como memorialista (e a sua obra "A casa de meu avô" é um exemplo) seja nas funções de contista, teatrólogo e cronista, que teve a reverenciá-lo os depoimentos de grandes expoentes das letras brasileiras, como Carlos Drummond, Tristão de Ataíde, Gilberto Freire, Paulo Rónai, Josué Montelo e Ayres da Mata Machado, entre tantos outros.

Não menos marcante, porque representou, por toda a vida, um sacerdócio diário, foi a sua atividade jornalística, desenvolvida em vários periódicos brasileiros, culminando por fundar seu próprio órgão de imprensa. Aí, o destemor, a defesa intransigente das causas nacionais, por vezes, a rudeza de suas campanhas políticas, a exuberância de seu estilo jornalístico e a veemência de suas opiniões taxativamente expostas sem subterfúgios nem dubiedades fizeram-no acreditado pelo povo, que nunca lhe negou o voto para o exercício de mandatos parlamentar e executivo.

É inquestionável, no entanto, que a faceta mais marcante da personalidade desse gênio da raça brasileira, pela insuspeitada crença de que ele fosse capaz de exercê-Ia, foi a sua vocação de competente e eficaz administrador público, com comprovada e impecável atuação à frente do governo do então Estado da Guanabara, até hoje insuperável por todos os que o sucederam. Na realidade, Lacerda não deixou intocável um só dos setores da administração, cujos problemas agudos desafiaram a sua capacidade de planejar e a sua inventiva na busca e adoção de soluções adequadas.

É em razão desse extraordinário desempenho de Carlos Lacerda, associado a toda uma existência de luta e defesa das causas nacionais que, colaborador de sua obra, em funções técnicas e administrativas, nos associamos, com muito orgulho, às manifestações de carinho e saudade, ao ensejo de mais um aniversário desse ilustre brasileiro, de quem damos o testemunho e lhe creditamos o reconhecimento por haver sido uma extraordinária e fulgurante figura na vida pública brasileira.

Por tudo o que aqui expusemos, Lacerda tomou-se credor da admiração e respeito do povo brasileiro, sendo triste e acabrunhante vermos transformar-se hoje em utopia a sua crença, difundida por ele anos afora, de um Brasil imune a todas essas "mazelas políticas e morais", que ainda maculam a nossa pátria. Daí, ser oportuno e atual a conclamação que fazemos às novas gerações de tê-lo como exemplo edificante de homem público e impenitente amante do Rio de Janeiro e do Brasil.

(*) Membro da Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes e ex Secretário de obras e serviços públicos dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.


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