Emílio Ibrahim - memórias
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Sistema Guandu
Aspecto da solenidade de inauguração das obras de duplicação do Sistema Guandu, com a presença do Sr. Cardeal do Rio de Janeiro. O Estado da Guanabara passou a dispor de 500 litros diários "per capita", índice compatível com os das maiores cidades do Mundo.

Inauguração das Obras de Duplicação do Sistema Guandu

Não existe algo mais grato a um administrador público que viver aquele instante, efêmero em sua aparência, mas permanente por seu significado, em que se transforma em realidade o benefício social de seu trabalho. E mais gratificante será este momento, quanto maior seja a parcela da população em que esse trabalho se reflete.

Hoje, o Governo Chagas Freitas conclui seu plano de obras, relativo ao abastecimento de água, projetado e executado pela Secretaria de Obras Públicas, por intermédio da CEDAG, que vem beneficiar toda a população carioca.

A construção da Adutora do Guandu foi uma extraordinária obra pública. Por fatalidade, quando concluída, ela não pode dar ao carioca a água de que ele tanto necessitava, pois em 1967, como todos sabem, um desabamento ocorreu, obstruindo um trecho do lote 2. Em decorrência disso, o sistema operou até agora com a metade de sua capacidade.

O Guandu passou a ser, desde aquela data, para a opinião pública uma frustração, para a administração pública um desafio. Entendeu o Governo Chagas Freitas que o problema já não permitia protelações. Estava a exigir de nós uma decisão firme de que deveríamos colocar o máximo de nossas forças em movimento e depositar uma confiança absoluta na capacidade de nossos técnicos, decisão que refletisse a têmpera dos que são capazes de suplantar grandes obstáculos.

Para isto conseguimos um financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, no valor de 10 milhões de dólares, sendo a parcela de nosso investimento da ordem de 250 milhões de cruzeiros, o que nos obrigou em Washington, juntamente com o Presidente da CEDAG, a defender e afiançar a segurança e a viabilidade daquilo que nossos técnicos projeta-ram. Cabe, nesta oportunidade o nosso agradecimento àquele órgão internacional de crédito.

Hoje colhemos os frutos desse trabalho. Inicialmente, construímos a linha de superfície Guandu-Lameirão, com 13 km de extensão, que viria substituir o lote 2 e permitir os trabalhos de desobstrução do trecho avariado; para o funcionamento deste "by-pass", construímos a Nova Elevatória do Lameirão; paralelamente, executamos a Nova Adutora de Água Bruta e a Nova Elevatória de Alto Recalque do Guandu.

Fizemos também as obras necessárias para duplicar a capacidade de sua Estação de Tratamento. Esse conjunto de obras, totalmente concluído, permite-nos hoje, levar à cidade do Rio de Janeiro mais 1 bilhão de litros de água por dia.

Planejadas e executadas as obras de aumento da adução do Sistema Guandu, tornou-se necessário executar todo um complexo de obras de modo a conduzir a água do Guandu a pontos importantes da cidade, onde ela não chegava, por falta de subadutoras ou troncos alimentadores que permitissem tal distribuição.

Construímos a subadutora Urucuia - Juramento, com 11 km de ex-tensão, que dará à populosa e sofrida Zona da Leopoldina, 500 milhões de litros de água por dia. Importante é salientar que sua população de 1.300.000 habitantes sempre foi abastecida pelo Sistema Acari, constituído de mananciais localizados no Estado do Rio, que fornecem, em condições normais, 180 milhões de litros por dia, sendo que nos períodos de estiagem o fornecimento cai para 60 milhões de litros por dia. A importância desta obra fica mais ressaltada porque esta água pode imediatamente retornar a seus locais de origem, o que vem beneficiar municípios inseridos no Grande Rio, especialmente Duque de Caxias, Belford Roxo e Nova Iguaçu.

A partir da Caixa de Transição de Urucuia, construímos o Tronco Alimentador de Jacarepaguá, com 7 km de extensão, para o abastecimento do bairro, bem como da Zona Industrial ali implantada pelo Governo Chagas Freitas. Concluído está também o Tronco Alimentador da Barra da Tijuca, com 15 km de extensão, que abastecerá os bairros Jardim Oceânico, Tijucamar e Centro da Barra.

Saindo do Reservatório de Macacos, executamos a subadutora da Zona Sul, que virá reforçar o abastecimento do Leblon, Ipanema e parte de Copacabana; através de uma derivação nesta subadutora, que segue pelo Túnel Dois Irmãos, será abastecido o bairro de São Conrado; por um tronco alimentador que passa pela Avenida Niemeyer, será atendida a região onde se situam grandes hotéis, hoje de caráter predominantemente turístico.

Construímos também a subadutora do centro da cidade, para o re-forço do abastecimento do centro e especialmente dos grandes prédios da Avenida Chile e da região do Castelo, onde se situam os antigos Ministérios. Esta é a única linha que não concluímos integralmente; nós a deixamos com um trecho executado que corresponde a 70% do total.

Sistema Guandu Sistema Guandu
A recuperação do lote 2 do Guandu exigiu a construção de um túnel de 400 m de extensão para remoção de entulhos da área desmoronada. A foto ilustra a visita às obras do Governador e do Secretário. Visita do Governador e Secretário de Obras à nova Elevatória de Alto Recalque do Guandu, com duplicação de sua capacidade.

Senhor Governador Chagas Freitas

Neste momento de tamanha importância para a cidade, quando o cruciante problema da falta de água no Rio de Janeiro passa a ser apenas uma página do passado, é por força de justiça que se deve ressaltar publicamente, ao apagar das luzes de seu Governo, que a Secretaria de Obras Públicas realizou, ao longo deste período, obras que implicaram no maior investimento já feito neste setor em toda a história do Rio, ou seja, a quantia de 1 bilhão e meio de cruzeiros. E grande parcela do êxito deste trabalho deve-se à visão de Vossa Excelência como administrador.

Tendo assumido o Governo por força da liderança incontestável que exerceu e exerce no quadro político do Estado da Guanabara, é nossa obrigação reconhecer que ao montar a estrutura da Secretaria de Obras Públicas, preocupou-se Vossa Excelência exclusivamente com os critérios baseados na eficiência e na habilitação técnica de cada subordinado. Fomos chamados por Vossa Excelência para conduzir a Secretaria de Obras Públicas, sem que esta escolha fosse produto de qualquer ingerência de ordem política ou pessoal. E o que mais retrata sua larga visão de administrador é que Vossa Excelência depositou em nós a mais absoluta confiança quando escolhemos nossos auxiliares, sem interferir em um nome sequer dos que selecionamos para a chefia dos diversos órgãos ligados à Secretaria. Convocamos técnicos capazes e fomos os únicos responsáveis pela opção dos nomes, recebendo sempre o apoio de Vossa Excelência. Por isso mesmo ao ressaltar esta extraordinária qualidade do chefe que soube confiar no Secretário de Obras, permita-me Senhor Governador, transmitir à minha equipe os meus melhores agradecimentos pelo trabalho incansável que executou.

Ao Engenheiro Hugo de Mattos Santos, Presidente da CEDAG e aos diretores desta Companhia, responsáveis diretos por esta grande obra que hoje inauguramos; ao Engenheiro Renato Almeida, Diretor-Geral do Departamento de Estradas de Rodagem e sua competente equipe que enfrentaram e resolveram o desafio do Elevado Paulo de Frontin e implantam as linhas verde, vermelha e o prolongamento da Avenida Perimetral; ao Engenheiro José Carlos Vieira, Presidente da Empresa de Saneamento da Guanabara e aos seus diretores, que constroem o Emissário Submarino de Ipanema, obra com características técnicas inéditas no Mundo; Engenheiro João Affonso Saint-Martin, Presidente da Companhia Estadual de Limpeza Urbana e à sua diretoria, eficientes colaboradores na tarefa diária de promover a limpeza da cidade; ao Coordenador de Obras de Conservação, Engenheiro Alcioneo José da Rocha e aos seus superintendentes, que pavimentaram 250 logradouros, reformaram 150 escolas e executaram a grande obra da Nova Lapa; ao Engenheiro Joberto Macedo Pimentel, Coordenador de Obras de Urbanização e aos seus superintendentes, que fizeram o Viaduto de Mangueira, o Instituto de Educação de Campo Grande e praticamente concluíram o Túnel Frei Caneca; ao Engenheiro João Alves de Moraes, Diretor do Departamento Geral de Projetos, responsável junta-mente com sua equipe por todos os projetos do Estado; à Arquiteta Enize de Castro Ozório, Diretora do Departamento Geral de Edificações, que conduziu com firmeza, austeridade e senso de dedicação o delicado setor de licenciamento de obras no Estado; ao Engenheiro Alberto Caruso, diretor do Departamento Geral de Apoio Administrativo, que forneceu na retaguarda os meios para que outros órgãos executassem suas tarefas; e a todos os servidores da imensa e operosa equipe da Secretaria de Obras Públicas, os nossos agradecimentos pelo muito que deram para o engrandecimento da nossa cidade.

E a V. Exa, Senhor Governador Chagas Freitas, a nossa palavra convicta e emocionada de que a missão foi cumprida.

Discurso, em 1974.
Extraído do livro "As Grandes Obras que Mudaram a Face do Rio". 1975.


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