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Engenheiro Emílio
Ibrahim e as obras no estádio do Guarany Futebol Clube.
Confesso emocionado e
pleno de satisfação, que sinto renovar-se o meu
sentimento esportivo de acendrado amor ao Guarany, agora renovado
com obras significativas realizadas no seu estádio.
Não me assomam
dúvidas e não creio incorrer em temeridade ao me
julgar intérprete, no agradecimento à prefeitura, na
pessoa do seu operoso prefeito Celso Cotta, bem como à Egrégia
Câmara de Vereadores de Mariana, pela celebração
do convênio que proporcionou a implantação
desse empreendimento, de promissores reflexos na vida sócio-esportiva
de nossa cidade, cuja juventude estudiosa, notadamente a que
frequenta as escolas localizadas no entorno do estádio, sem
dúvida, desfrutará dos benefícios das novas
instalações esportivas do Guarany.
Mas, não
somente os jovens são, exclusivamente, os seus beneficiários,
porque a vocação turística de Mariana poderá
receber incentivo, na medida em que se implantem instalações
adequadas ao funcionamento do estádio, como um heliponto
para os que aportam a esta cidade, mercê de sua privilegiada
localização, no Centro Histórico, projeto que
imagino merecerá a colaboração das
autoridades e empresas locais.
Em meios às
alegrias, é de justiça ressaltar-se o dedicado
trabalho desenvolvido pelos dirigentes do nosso clube tendo à
frente Antônio Pacheco Filho, ex-presidente do Conselho
Administrativo e Toninho Rocha, ex-presidente executivo de nosso
clube, e seus mais diretos colaboradores, bem como ao atual
presidente Moacir Eleutério e sua equipe de trabalho, para
o êxito deste empreendimento e na condução das
atividades de rotina do estádio.
Na oportunidade, abro
um parêntese para alegres recordações.
Nozinho ao lado de Emílio e
Celso, em pleno verão na praia de Copacabana. Os irmãos
foram destaques do Guarany F. C. nos anos de 1940.
As emoções
me avivam a memória e advertem de que é sábia
a afirmação do grande escritor argentino Jorge Luiz
Borges, quando sentencia que "em nossa mente, podemos
prescindir do espaço, mas não do tempo" e que "o
momento presente é o momento que tem um pouco de passado e
um pouco de futuro".
Pois bem, arrimado nas
considerações e conclusões metafísicas
de Borges, recorro à memória para uma pequena
parcela do passado do nosso glorioso Guarany. Na realidade tenho a
sensação viva, como se fora hoje, as emoções
inesquecíveis que senti ao participar, como atleta das
atividades futebolísticas do Guarany. Ainda em mim
repercutem os ecos longínquos das comemorações
do distante ano de 1944, quando me despedi das lides desportivas
deste clube, na disputa do campeonato, em que nos sagramos campeões
invictos. E relembro o evento emocionante na entrega das faixas,
que contou com a participação graciosa das madrinhas
do clube, entre elas: Chiquita Mota, Lourdes Mol, Maria do Carmo,
Iris Ibrahim e Warde Abdo Silame.
Seria pecaminoso
merecer o castigo de minha omissão neste relato o apoio
entusiástico, como torcedores, com que éramos
brindados, pelos internos do Seminário Menor, entre eles, o
meu particular amigo, Cônego Paulo Disláscio, hoje
dinâmico diretor de meu querido colégio
Arquediocesano de Ouro-Preto, bem como esquecer o registro do convívio
alegre e amigo dos colegas jogadores, que se esforçavam,
amadoristicamente, para carrear glórias esportivas para o
nosso clube. Alguns alcançaram destaque no futebol
brasileiro, como Carlyle, no Atlético Mineiro, e eu próprio,
com modesta atuação no Fluminense do Rio, e tantos
outros, que a despeito de circunscreverem as suas atuações
ao âmbito regional, tiveram excepcionais desempenhos, que
constituem orgulho e enriquecem a bonita história de nosso
querido Guarany.
Sinto que não
me devo alongar nessas reminiscências, que nos conduzem a um
inevitável sentimento com sabor agridoce de saudade. Mas, não
poderia furtar-me a formular, como ora o faço, meus votos
de pleno êxito ao Guarany, em suas futuras jornadas
esportivas e em seus projetos sociais.
Em, 20 de Março
de 2008.
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