Emílio Ibrahim - memórias
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Depoimentos

Retrato de uma Administração - Crônica do Programa Haroldo de Andrade, em 13/03/1975

"O Estado da Guanabara está vivendo as suas últimas horas. Durou pouco, apenas quatorze anos - e na verdade nunca chegou a ser para os cariocas - a Guanabara; jamais deixou de ser o Rio - a capital de fato do País.

A Guanabara perde o seu "status" de 14 anos, com a caixa do Tesouro bem provida, a arrecadação funcionando em termos satisfatórios, os empreiteiros e fornecedores pagos em dia, os servidores com os seus vencimentos já reajustados no índice federal, o equilíbrio financeiro realizado.

Tudo isso é surpreendente num Estado jovem, que teve vida tão breve. Desaparece, na fusão, para ser a capital de um novo Estado que já nasce grande - um Estadão.

Voltando a ser a capital, retoma o que deixou há quatorze anos - mas prossegue sendo o que sempre foi - uma dádiva de Deus aos homens - uma cidade cosmopolita, onde natureza e homem se conjugam e se entrelaçam.

Espremida entre a montanha e o mar - sem planejamento, foi crescendo, meta e sonho de todos os brasileiros. Aqui o nordestino deixa de o ser, embora não perca nem a cabeça chata, nem a sua condição de "paraíba".

Aqui, em pouco tempo, ele se integra aos cariocas - e carioca se torna. O Nordeste fica sendo apenas uma saudade distante. Aqui o gaúcho se encontra; aqui os paulistas gastam o dinheiro que em sua terra ganham; aqui os mineiros deixam de trabalhar em silêncio - e como cariocas, falam pelos cotovelos, sem deixar de trabalhar.

Muita coisa mudou no Rio. Muita coisa se modificou no seu último Governo. Antes, era quase que um dogma - Governador ou Prefeito não continuava as obras do seu antecessor.

O importante era capitalizar para si todos os feitos e tudo que não fora terminado na gestão anterior - inacabado ficava. Desta vez, não. Desta vez a preocupação foi a cidade - o homem - não o Governo. E para isso contou o Governador com homem extraordinário na sua simplicidade e grande no seu coração.

Um carioca de 48 anos, que não nasceu no Rio, que fez ginasial e o científico em Ouro Preto e que aqui se formou em Engenharia. Um carioca de adoção que foi bom de bola, no Fluminense, e que até hoje não perde um jogo nas numeradas, torcendo como qualquer torcedor.

Um homem que completou as obras do Maracanã, como Presidente da ADEG, um homem que está saneando as praias da Zona sul com a grandiosa obra do emissário submarino de Ipanema, um homem que afinal entregou o Guandu, com carga total à cidade, fazendo com que o carioca seja o de maior capacidade diária "per capita" no mundo, já que tem 500 litros para gastar por dia.

Diretor-geral do Patrimônio da Guanabara, entendeu que os Arcos mereciam ser preservados - e ao deixar o cargo, entrega as três novas praças, devolvendo ao homem, não apenas uma tradição do Rio - como espaço, ar e praça para o seu lazer.

Um homem que está remodelando a Praça Quinze, que construiu o viaduto da Mangueira, há tantos anos inacabado. Um homem que cuidou da reconstrução, reforço e acabamento do Elevado Paulo de Frontin.

Os homens não se medem pelas palavras - e ele é de pouco falar. Mas se um Governo se julga pelas suas obras - muita coisa foi feita no curto espaço de três anos, apenas - pela capacidade indiscutível do Secretário de Obras Emílio Ibrahim.

Não sou de muito louvar - mas paranaense aqui radicado, carioca como todos os brasileiros de todos os quadrantes que aqui se radicaram, esta cidade é minha também. E como carioca que sou, ao Emílio Ibrahim, não o Engenheiro, não o Secretário do Governo, mas silencioso empreendedor de obras que ficam, marcando uma administração, a minha gratidão, o meu abraço, o meu reconhecimento - e este Bom Dia!"

Para ouvir o depoimento, fazer download (4,44 Mb).

(Crônica do Programa Haroldo de Andrade, lida na Rádio Globo, em 13/03/75)


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