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ACADEMIA MARIANENSE DE LETRAS -
JUBILEU DE OURO
Eng. Emílio
Ibrahim
Prestes a ingressarmos
em 2012, ano em que ocorrerá a celebração do
jubileu de ouro da Academia Marianense de Letras, Ciências e
Artes, da qual com muito orgulho participo, desde o já longínquo
ano de 1962, desejo deixar o registro de um depoimento sobre a
realização dessa efeméride, procurando realçar
o papel desse nosso querido sodalício na vida sócio-cultural
da histórica cidade de Mariana, berço do mais lídimo
sentimento de mineiridade, que marca indelevelmente a vida da região
das Alterosas.
De outra feita, já
me pronunciara sobre minha terra, ao expressar a convicção
de que é "Mariana a guardiã de um passado
mineiro de história, de cultura, de arte e de
religiosidade, construído pela trajetória brilhante
de filhos seus, ilustres, responsáveis pela celebração
de feitos históricos como os arroubos poéticos de
Claudio Manoel da Costa e Frei José de Santa Rita Durão
e de seu filho adotivo Alphonsus de Guimarães, a excelência
artística do pintor Manoel da Costa Atayde, as virtudes cívicas
e morais do político Pedro Aleixo, e tantos outros que, se
nomeados, tornariam fastidiosa esta citação".
O reconhecimento dessa
significativa vocação cultural e do protagonismo de
Mariana na vida histórica de Minas, mercê da primazia
de ter sido as suas primeiras vila, cidade e capital,
consolidou-se com a institucionalização do 16 de
julho como o Dia de Minas Gerais, em que, simbolicamente, a sede
do governo do Estado retorna a Mariana, a cada ano, homenagem
prescrita pelo Art. 256, do Titulo XV, das Disposições
Gerais, da Carta Magna Estadual, e efetivada mediante a promulgação,
em 16 de outubro de 1979, pelo sr. Governador do Estado, da lei n°
7.561. Isto foi o coroamento do empenho de eminentes marianenses,
em atendimento à campanha empreendida pelo Prof. Roque José
de Oliveira Camêlo e pelo saudoso jornalista, escritor e
fundador da Academia, Waldemar de Moura Santos, com a decisiva
colaboração do povo, notadamente, da imprensa, dos
estudantes, das entidades representativas de classe e de suas
instituições culturais.
Na realidade, qualquer
tentativa de aquilatar-se a influência marcante da nossa
Academia no desenvolvimento sócio-cultural de Mariana há
de conduzir-nos ao reconhecimento pleno de que o seu desempenho
tem sido extremamente relevante e decisivo na projeção
que Mariana hoje desfruta no cenário de Minas Gerais. A
influência de outras instituições, culturais,
religiosas e sociais, evidentemente não pode ser
minimizada, mas a Academia, inequivocamente, se destaca por se
esmerar na defesa infatigável e na preservação
cuidadosa das mais caras tradições históricas
de Mariana. É que a permanência desse labor diuturno
está assegurada pela devoção extremada de
figuras insignes, como o atual Presidente, Roque Camêllo, e
o seu Diretor Executivo, o acadêmico Frederico Ozanan
Santos, advogado, jornalista, filho do saudoso jornalista e
escritor Waldemar Moura Santos, fundador da Academia.
Por todas essas razões,
aqui expostas, exalto e me regozijo com a comemoração
do cinquentenário da Academia Marianense de Letras, Ciências
e Artes, que em breve ocorrerá, saudando na pessoa de seus
dirigentes e demais confrades, que compõem a nata da
inteligência marianense, os feitos gloriosos da nossa
sociedade, augurando-Ihe um brilhante desempenho e um porvir de
progressivos êxitos no cumprimento da missão que
merecidamente lhe esta reservada, qual seja a de honrar as tradições
históricas de nossa querida Mariana.
Rio de Janeiro, 15 de
dezembro de 2011.
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